Segundo informações reveladas por Cid em sua delação, foi Bolsonaro quem solicitou a emissão de certificados de vacinação para ele e sua filha.

admin Mar 19, 2024 225 0

Conforme revelado pelo ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, à Polícia Federal, foi ele quem produziu os certificados de vacinação falsos em nome de Bolsonaro e de sua filha de 12 anos, em 2022. Esses documentos foram impressos no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, e entregues pessoalmente ao presidente. Como resultado dessas revelações, Bolsonaro, Mauro Cid e outras 15 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por fraude em cartões de vacina.

A delação de Mauro Cid, embora mantida em sigilo, teve trechos divulgados pela Polícia Federal em seu relatório de indiciamento de Bolsonaro, Cid e outras 15 pessoas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais, retirou o sigilo desse relatório nesta terça-feira (19).

De acordo com os trechos da delação de Cid, ele afirmou o seguinte:

O presidente Bolsonaro, ao saber que Mauro Cid possuía os cartões de vacina para ele e sua família, solicitou que Cid fizesse também para ele.
Bolsonaro deu a ordem para fazer os cartões de vacina para ele e sua filha.
Cid solicitou a Ailton Barros que fizesse os cartões, conforme orientação do ex-presidente.
Cid confirma que pediu os cartões do ex-presidente e sua filha sob determinação de Bolsonaro e imprimiu os certificados.
Ele também confirmou ter recebido a ordem do ex-presidente Bolsonaro para fazer as inserções dos dados falsos nos certificados em nome dele e de sua filha.
Os certificados foram impressos e entregues pessoalmente ao presidente.

Esses são os pontos destacados da delação de Mauro Cid sobre a fraude nos certificados de vacinação.